domingo, dezembro 23, 2007

Paixão




De todos os sentimentos humanos, esse é o que mais mexe com os nossos sentidos. Dentre as paixões, a paixão romântica é a mais emocionante e também o que mais nos dá oportunidade de crescer. Ela é uma faca de dois gumes. Podemos rapidamente ir do céu ao inferno. A paixão nos proporciona uma alegria sem igual e uma dor na mesma medida. Quando os efeitos passam é como se nunca tivesse acontecido, porém sempre terá aquele gostinho do que poderia ter sido. Não é o soldado comum que ganha à guerra, mas sim aquele que está apaixonado pelas idéias. Somente um apaixonado consegue derrubar todas as barreiras e ir à luta. A paixão faz isso, ela nubla a nossa racionalidade e acabamos fazendo coisas impensáveis em outras situações. Mas a paixão, na maioria das vezes é transitória, efêmera. Ouvi um diálogo em um filme em que o protagonista dizia que todo o dia se apaixonava pela mesma mulher. Essa seria a paixão ideal. Porém, as coisas nem sempre acontecem assim. Costumamos fazer com que o ser pelo qual nos apaixonamos seja o centro do universo. Nós somos a terra e o ser amado é o sol. Vivemos ao redor dele. Tudo é para fazê-lo feliz. Não temos mais vontades ou desejos, somos servos da paixão. Enfrentamos guerras, disputas, alegrias, desafios, sempre com a determinação de fazer o melhor para nosso bem amado. E nós, como ficamos? Por algum tempo somos pessoas imensamente felizes, mas com o passar do tempo percebemos que nem somos mais pessoas, somos seres que usaram as suas energias em prol de outra pessoa e assim nos sentimos vazios. Na paixão, mais do que em qualquer situação, temos que saber ouvir nosso coração. Do que se abdica por paixão, mas tarde haverá cobranças internas e profundas. A pessoa pela qual estamos apaixonadas é importante em nossa vida. Ela nós faz feliz, mas não é o centro do mundo. Não pode ser o sol em nossa vida porque essa pessoa também é um ser humano. Nós tendemos a dar um status de Deus ao ser apaixonado, mas ele não é Deus. Em qualquer situação ou circunstância, nós devemos ser o Deus de nosso universo, mais ninguém. Falo isso não de uma maneira prepotente ou egoísta, mas de uma forma respeitosa com nós mesmos. Quando tornamos outra pessoa responsável pela nossa vida, a angústia, o medo, a solidão poderão ser as conseqüências dessa escolha. Na maioria das vezes o ser amado fica sobrecarregado com o excesso e acaba fugindo. Em outras vezes existe desse primeiro passo apaixonado um reflexo saudável. Quantas vezes ficamos ao lado do telefone ou na frente do computador aguardando um telefonema, uma mensagem, que não chegam no tempo certo em que os esperávamos. Enquanto a espera perdura, tem um sol lá fora que realmente aquece e nutre a vida. Por mais difícil que possa parecer, fique apaixonado, é muito triste alguém que nunca ficou. Escreva poesias, veja filmes apaixonados, escute músicas que falem de amor, chore se for necessário, mas, acima de tudo lembre-se, ninguém é de ninguém. Somos seres individuais, com histórias de vidas diferentes, com idéias e modos distintos. Não sofra pelo inevitável, pois, o maravilhoso de uma paixão é poder transformá-la em amor.

terça-feira, dezembro 18, 2007

Ano Novo Vida Nova



Todo final de ano, costumamos, de uma forma ou de outra analisar como foi a nossa vida. Esse ano de 2007 não é diferente. Sinto uma natureza ecológica mais atuante. Sinto as pessoas mais conscientes de seus valores, medos e receios. Eu pensava em um texto cujas palavras pudessem verbalizar todas as coisas que desejo para cada um dos milhares de humanos que habitam esse planeta. Meu desejo foi realizado – recebi esse texto e transmito a vocês. Eu desconheço o autor, no entanto, faço das suas palavras as minhas e espero do fundo do meu coração que o Natal seja maravilhoso e o início de 2008 seja melhor ainda. Que neste ano, todas as energias fortes e positivas da natureza se manifestem a cada um de nós.

“Apaixone-se definitivamente pelo SEU SONHO. O sonho de ninguém deve ser mais apaixonante que o seu.Apaixone-se pelo SEU TALENTO, mesmo que seu crítico insista para você escolher realizar outras coisas, mais "convenientes".Apaixone-se mais pela SUA VIAGEM do que pela chegada a seu destino, pois só a viajem é garantida.Apaixone-se pelo SEU CORPO, mesmo que ele esteja fora de forma, pois de "qualquer forma" ele é a única casa que você realmente possui.Apaixone-se pelas SUAS MEMÓRIAS mais deliciosas, ninguém pode tirá-las de dentro de você e elas são excelentes fontes de inspiração em momentos de dor.Apaixone-se PELAS BESTEIRAS SAUDÁVEIS que passam por sua mente entre um e outro momento de estresse, elas ajudam a sobreviver.Apaixone-se PELO SOL, ele é fiel, gratuito, absolutamente disponível e dá prazer.Apaixone-se primeiro POR ALGUÉM. Não espere alguém se apaixonar antes por você, só por garantia e segurança.Apaixone-se PELA DANÇA DA VIDA, que está sempre em movimento dentro da gente, mas que, por defesas nós teimamos em algemar.Apaixone-se mais PELO SIGNIFICADO DAS COISAS que você conquistar do que pelo seu valor material.Apaixone-se por SUAS IDÉIAS, mesmo que tenham dito que elas não serviam pra nada.Apaixone-se por SEUS PONTOS FORTES, mesmo que os pontos fracos insistam em ficar em alto relevo no seu cérebro.Apaixone-se PELA IDÉIA DE SER VERDADEIRAMENTE FELIZ. Felicidade encontra-se de sobra nas prateleiras de seus recursos interiores.Apaixone-se definitivamente POR VOCÊ!APAIXONE-SE RÁPIDO! O PODER DE DECISÃO SÓ PERTENCEA VOCÊ!”

sábado, dezembro 08, 2007

Solidão


Estava lendo a definição de solidão na Wikipédia – segundo essa imensa biblioteca virtual “A solidão é o estado de quem se acha ou se sente desacompanhado ou só. Ela é formada pela reclusão do indivíduo que não se adequa a sociedade e é expurgado”. Essa denominação é ampla e muitas, muitas vezes não se aplica ao sentimento que temos. Podemos ter uma imensa família nos sentirmos sós. Podemos ter um emprego de sonhos e nos sentirmos sós. Podemos ter um companheiro que qualquer pessoa gostaria de ter e mesmo assim nos sentirmos sós. Nessa época de festas e de virada de ano, em alguns casos a solidão entre as pessoas fica tão terrível que muitas são levadas ao suicídio. Comentei com um amigo que o mês de dezembro, de acordo com estatísticas é o mês da depressão. Sabemos o que essas datas significam – algo esta terminando. Um novo futuro começa. Isso assusta, causa medo, principalmente quando percebemos que todos os artifícios utilizados para preencher nosso vazio interior foram inúteis. No momento de finalização percebemos que todos os subterfúgios que utilizamos durante o ano caem por terra ao final.
Porque isso acontece? Afinal tenho família, tenho amigos, tenho um amor, tenho um lugar pra viver e porque me sinto só? Família, amigos, relacionamentos afetivos, trabalhos são alguns dos recheios usados para preencher um vazio, para preencher um buraco imenso que nunca fica realmente cheio. Quando vemos que o emprego dos sonhos nem sempre vale a pena, quando sentimos que muitas vezes gostaríamos de ficar longe da nossa família e que o relacionamento não corresponde, o fantasma que julgavámos totalmente enterrado volta a nos atormentar. Temos carências, profundas e amargas. Carências que se não forem corretamente tratadas viram feridas enormes. O problema não é a família, nem amigos, nem trabalho e muito menos amor. O problema sou “eu” enquanto indivíduo. Não percebo que estou conectado a tudo nesse universo. Não posso jogar a responsabilidade de me sentir bem na família, nos amigos, no trabalho, no amor. Eu sou profundamente responsavel por mim mesma. Eu possuo uma tremenda responsabilidade de me fazer feliz. Não posso delegar essa tarefa a mais ninguém. Nasci só mas profundamente interligado a tudo o que vive e respira e também a tudo que é inanimado. Eu faço parte da natureza, não estou desconectado. Posso não me identificar com a forma que a sociedade me avalia mas faço parte de algo muito maior do que ela. Eu faço parte da natureza. A família não se limita a laços sanguineos, ela se estende a amigos, vizinhos. Em alguns casos encontramos mais apoio junto aos nossos amigos do que a nossa família. O trabalho pode ser maravilhoso se realmente nos sentimos produtivos, criativos e receptivos com as idéias que temos da vida. O amor – esse é algo muito delicado. Algumas pessoas pensam que ao encontrarem o amor dos seus sonhos a sua solidão estará acabada. Um engano que pode ser muito doloroso e cruel. O amor é compartilhar, ele é capaz de curar carências desde que consigamos aprender e crescer com ele. Quem quer curar carências não deve perder tempo buscando amor , mas sim procurar um terapêuta. Não é uma dominação de poder, nem um toma lá e da cá. É uma profunda relação de respeito. Eu penso que para curarmos a nossa solidão, não adianta irmos a um teatro lotado e nem buscar companhias. Temos que estaramos sós. Por mais paradoxal que isso possa parecer é justamente na solidão que devemos curá-la. Sentarmos quietos, e começar a tirar pra fora da nossa vida tudo o que tentamos preencher no vazio da nossa existência. Quando fizermos esse balanço, descobriremos o porque nos sentimos sós. E dessa forma poderemos exercer a função pela qual somos capazaes de cumprir – viemos a esse planeta com o único objetivo de sermos felizes. Não sós, não mal amados, não infelizes, não com situações carmicas. Quando assumimos o controle de nossas vidas somos capazes de sermos felizes. E para isso não necessitamos jogar nossas carência e nem tentar fazer jogos de afetos em carreiras para preencher o vazio de uma alma infinitamente feliz. Quando descobrimos tudo o que de bom temos, a solidão se dissolve, se transmuta. A natureza tem uma capacidade de se auto organizar e de se auto curar. Nós somos parte dessa natureza e adquirimos esse mesmo dom. Algumas vezes é necessário que nos dobremos como os bambús e em outros podemos ser fortes e orgulhosos como um carvalho. O que não podemos é ir contra a natureza – a solidão significa exatamente isso.

terça-feira, outubro 02, 2007

Crer no Amanhã


Crer no Amanhã.

Algumas vezes torna-se muito difícil acreditar em um futuro melhor do que vivemos no presente. Estava justamente pensando sobre o amanhã quando recebi esse texto. O autor é Frei Aldo Colombo, e quero compartilhar com todas as pessoas que visitam meu blog. Crer no Amanhã é possível e muito necessário. Em alguns momentos é justamente essa crença que pode nos manter vivos e nos trazer de volta aos braços de quem amamos.

Ao final de mais uma jornada, o velho monge, numa pequena gruta ao sopé da montanha, acendeu sua fogueira para espantar os animais e aquecer seu corpo na noite fria que se aproximava. Comeu um pedaço de pão velho e uma fruta colhida no bosque.Na verdade ele estava sonolento, cansado - pior do que isso – começava a duvidar de sua peregrinação mística em busca de um sentido para a vida. Ficou olhando para a fogueira e pensando na longa caminhada do dia seguinte. As brumas do sono chegaram logo e ele sonhou com uma montanha imensa, rochosa e banhada de sol. Lá em cima existia um ninho e nele, uma majestosa águia preparava-se para levantar vôo. Mergulhou no céu, deu duas voltas e partiu, deixando dois ovos no ninho aquecido. Um sussurro de voz partiu de dentro de um dos ovos: está esfriando! Assim a gente não vai chocar nunca, respondeu o companheiro. E o diálogo continuou: como será a vida além da casca? Se é mesmo que existe vida depois... Ninguém voltou para contar como é. Eu gostaria de ter alguma prova de que somos mais do que isso, mais do que dois ovos brancos e sem graça. Tenha fé, respondeu o companheiro, somos feitos à imagem e semelhança da mãe; um dia sairemos daqui e voaremos pelos espaços azuis e infinitos. E o diálogo não continuou porque a águia voltara ao ninho e um suave calor os envolveu.Depois passaram-se longos dias e noites. Por vezes, a mãe desaparecia e as dúvidas voltavam. Eles gostariam saber o que existia mesmo do outro lado da casca, caso existisse o outro lado. É possível que sejamos ovos chocos, sem futuro, argumentava o mais pessimista. E num dia qualquer, perceberam um barulho estranho. O que será mesmo? Isto me assusta! A casca se havia rompido e uma luz muito forte envolveu as duas pequenas aves. Ali estava a mãe, mais adiante as montanhas, o céu azul, paisagens jamais imaginadas... O velho monge acordou, o sol esquentava sua face e mil pés acima dele estava uma imponente águia real. Esfregou os olhos, sorriu e pegou de seu cajado e continuou a caminhada. Assim é a vida. Andamos na penumbra e, às vezes, nossas certezas desaparecem. A caminhada fica sem sentido e o futuro passa a ser imaginado como ilusão. Nunca ninguém voltou para explicar como é. Nossos horizontes são curtos e nossas expectativas do tamanho do pequeno mundo que nos envolve. A miopia é o nosso modo de ver o amanhã. E isto, se o amanhã existir! O apóstolo Paulo também se interrogava sobre o futuro e um dia lhe foi revelado como seria o depois e resumiu esta experiência dizendo: "os olhos jamais viram, os ouvidos jamais escutaram, o coração jamais imaginou o que Deus prepara para aqueles que o amam!" ( 1 Cor 2,9 ) São as surpresas de Deus. Vale a pena continuar caminhando.

Autor: Frei Aldo Colombo

segunda-feira, setembro 03, 2007

Ponto de Mutação



“Ao término de um período de decadência sobrevém o ponto de mutação.
A luz poderosa que fora banida ressurge.
Há movimento, mas este não é gerado pela força.... O movimento é natural, surge espontaneamente. Por essa razão, a transformação do antigo torna-se fácil. O velho é descartado, e o novo é introduzido. “Ambas as medidas se harmonizam com o tempo, não resultando daí nenhum dano.”
I Ching – Oráculo Chinês.

Tive o privilégio de assistir o filme Ponto de mutação, baseado no livro de Fritjof Capra. É um filme que nos faz pensar. Talvez seja um desses presentes que recebemos do universo e embalados tecnologia.
Após a exibição do filme comecei a questionar o quanto a natureza é perfeita, e em quanto nós, seres humanos dependemos dela e também como a tratamos mal. O mundo esta em transformação, tanto religiosa, política, social e principalmente no meio ambiente. Podemos suportar apesar das dificuldades, as mudanças da esfera social e política, no entanto, no que menos nos importamos, com o meio ambiente, esta mudança poderá acarretar uma catástrofe sem precedentes. Vivemos em tempos difíceis, há palavras que devem ser substituídas, o ter pelo ser é uma delas.. O alerta contundente não tem vindo dos místicos, mas de homens da ciência e de conhecimento como o professor James Lovelock, (cientista independente, ambientalista, autor e pesquisador, Doutor Honoris causa de várias universidades no mundo inteiro.) Fritjof Capra (ph. D., físico, trabalha com a Teoria dos Sistemas) e também escritores como Conor Corderoy, (advogado, professor e escritor) através de seu livro Dark Rain. As mudanças são significativas e profundas, talvez irreversíveis. O Professor James Lovelock tem escrito com o objetivo de alertar ao mundo sobre as debilidades que o planeta esta vivendo. No ano passado lançou uma obra cujo título é a Vingança de Gaia, onde retrata a terra como um organismo vivo em busca de socorro e as possíveis soluções para salvá-la. Capra por sua vez vem divulgando ao mundo a revolução que acontece nas ciências, principalmente na física. Dentro desse contexto há novos conceitos de espaço, tempo e de matéria, desenvolvidos pela Física subatômica. Ele ressalta também a necessidade de abrir espaço para uma visão mais holística da medicina e da saúde. O Hoje exige que façamos uma associação entre as filosofias e a ciência. É urgente que possamos abrir a nossa mente e permitir que essas idéias se englobem juntamente com todo conhecimento adquirido no passado. Idéias rígidas e arcaicas não são mais admissíveis. O novo se apresenta a nossa porta. Temos apenas uma escolha, aceitá-lo, para que o planeta continue existindo. Fico pensando na natureza, acredito que ela de uma forma ou de outra irá se regenerar porém não sei se o homem conseguirá obter o mesmo resultado. O livro Ponto de Mutação, bem como o filme, lança uma luz e uma abordagem diferenciada. Fritjof Capra como um físico conceituado havia lançado anteriormente um grande questionamento, ele, em um livro anterior O Tao da Física provocou o conhecimento convencional ao demonstrar os surpreendentes paralelos existentes entre as mais antigas tradições místicas e as descobertas da física do século XX. Basta a nós apenas abrirmos nossos olhos e nossas mentes antes que seja tarde demais, percebermos que vivemos numa crise enfatizada pela mudança de paradigmas. O que ontem era certo e seguro hoje deixam de ser. Aqui no Brasil costumamos usar um dito popular – não podemos deixar o certo pelo duvidoso, talvez agora devêssemos inverter e dizer – é bem provável que o duvidoso seja muito melhor do que o certo.

domingo, agosto 19, 2007

Dark Rain - Ficção ou uma realidade muito próxima de nós?



“A Terra está morrendo.


Eles já conheceram isto no ano 72. Quando esses "hippies" e essas "extravagâncias"
Começaram a manifestarem-se sobre a poluição do ar e do mar. Os cientistas da NASA, esses que trabalharam no oceano ártico e no Antártico já falavam entre si, em baixa voz, no dióxido de carbono e o aumento de calor dentro da atmosfera e o efeito estufa.
Então, homens anônimos de terno cinza, reunidos entre fumaça de charutos em clubes exclusivos de Londres e Washington, temendo a opinião pública, começaram a se perguntar se não teriam um problema.
Entregaram um relatório para os cientistas. Eles chamaram o Relatório de Éden e foi dedicado exclusivamente aos olhos do presidente do U.S, Para o primeiro ministro britânico e o presidente do EEC. E possivelmente, se fizesse falta, aos chefes de estado dos países do EEC.
Quando o relatório foi apresentado finalmente, disseram o que ninguém, exceto os cientistas esperavam. A poluição do ar e a contaminação da água Não seria um problema para a humanidade durante muito tempo. Porém em mudança o CO2 e o metano serão um problema mesmo, muito em breve, já que estavam transformando a atmosfera do planeta em uma estufa. Logo estaria muito quente. O Pólo norte se fundiria e com ele a Groenlândia. E isso não acontecerá lentamente.

À medida que fosse derretendo o gelo oceânico, as temperaturas ambientais iriam subir cada vez mais e o processo iria desestabilizar a camada de gelo que cobre a Groenlândia, enquanto iria desmoronando para o mar em avalanches com um peso equivalente a um trilhão de toneladas. Tudo aconteceria sem aviso, de forma repentina.
Haveria tsunamis gigantescos que arrasariam as costas do Atlântico e deste modo, o clima global mudaria de forma catastrófica, da noite para o dia. Tudo isso estava no conhecimento deles desde 1979.
Realmente, eles tinham um problema. A Terra estava morrendo. “

O texto acima faz parte de um livro lançado na Inglaterra, Dark Rain, de Conor Corderoy, pela editora Macmillan New Writing,(pode ser encontrado na Amazon.com). O autor faz uma análise das condições vividas pelo planeta e projeta em um futuro não muito distante, o desastre ambiental da Terra. Ao lermos um livro como o de Corderoy, que infelizmente, ainda não tem tradução para o idioma português, podemos pensar – mais um livro de ficção. Porém a ficção não esta nada longe da realidade. As notícias sobre o aquecimento global e os efeitos sobre a estrutura da terra são alarmantes. Recebemos diariamente informações através da mídia sobre os desastres ambientais que se alastram em todos os quatro campos do mundo. Recentemente houve um terremoto no Peru com mais de 200 mortes. Na própria Inglaterra, terra natal do autor, é possível detectar os avanços e as instabilidades do tempo através das inundações. O Clima esta mudando, a natureza tem dado a resposta ao homem pela forma como é tratada. O Protocolo de Kyoto não é respeitado. Países do primeiro mundo continuam pensando no lucro ao invés da prioridade principal – o direito a vida. Aqui no Brasil, temos o pulmão do mundo – A floresta amazônica – e essa floresta esta sendo desmatada dia-a-dia. Enquanto governos não promovem ações fundamentais para salvar o planeta ainda existem alternativas. O Livro de Conor Corderoy é uma obra de ficção, mas também de forma emocionante, trás a tona uma grande conspiração mas, também é um grande lerta. Alerta sobre o que ainda é possível fazer para salvar o que nos resta. Curiosamente, uma das ações mais controversas provém dos Estados Unidos da América. O Estado da Califórnia entrou com um processo contra os principais fabricantes de automóveis norte-americanos, europeus e japoneses que pode causar uma verdadeira revolução. O promotor-chefe Bill Lockyer afirma que essas empresas produziram milhões de veículos que contribuíram significativamente para o aquecimento global, o que vem danificando os recursos, a infra-estrutura e a saúde ambiental da Califórnia. Em contrapartida ele exige que as empresas indenizem o estado por danos já causados e também por prejuízos que venham a ocorrer no futuro em virtude de mudanças climáticas causadas pelo efeito estufa. Isso é um procedente jurídico. O livro Dark Rain trás a tona problemas que teimamos em esquecer, mas a obra, ao contrário de todas as previsões, também nos aponta a lembrança de que somos responsáveis pelas futuras gerações. Um ambiente limpo, seguro, cooperativo pode e deve ser nosso legado as futuras gerações. De nada adianta o lucro vir em primeiro lugar porque futuramente o dinheiro não irá salvar o planeta, mas sim a cooperação entre todos os povos da terra.

terça-feira, julho 31, 2007

Fantasmas Sociais

Fantasmas Sociais



Estava lendo sobre a atriz americana, Halle Barry que recebeu sua entrada na calçada da fama. Junto com toda a atenção da mídia, os holofotes e o pensamento de milhões de pessoas – ela é tão linda - murmurava-se que essa mulher tão bela, tão famosa e tão bem sucedida havia tentado o suicídio. Que fato estranho, alguém ser tão maravilhoso e, no entanto não querer mais viver. Somando-se a essa exclamação mútua – você deve estar pensando a mesma coisa – fiquei sabendo que uma amiga, com uma vida perfeita, com marido perfeito, quer a separação. Ela me disse – sou infeliz.
Paralelamente a isso, me vem o nome de um filme – O Espelho tem duas faces. Também me ocorrem outras inúmeras situações em que homens, mulheres, lindos e lindas, com sucesso, com glamour quiseram terminar com suas vidas das mais diversas maneiras. Talvez o grande inimigo de todos esses homens, mulheres, eu e você sejamos nós mesmos. Damos tanto valor à aparente superfície que tentamos moldá-la ao gosto do freguês. Por freguês podemos entender toda uma sociedade que nos acolhe e nos protege desde que sigamos suas regras pré-estabelecidas. Casais devem parecer perfeitos. Artistas devem parecer bem sucedidos. Devem estar alegres sempre, bonitos sempre, saudáveis sempre. Há, no entanto algo muito mais importante e valoroso do que os papeis representados para o público, sejam estes pequenos ou privados. O nosso verdadeiro eu interior. E quando lutamos contra a nossa verdadeira essência em prol da roupagem usada na área social, existe o sofrimento e a dor. Porque temos que vender uma imagem para o mundo do que somos lindos, bonitos, elegantes e maravilhosos. Porque temos que parecer alegre quando o que queríamos era somente estarmos sós. Porque vendemos tanto a imagem do dia-a-dia, que é uma máscara social e deixamos de usar nossa verdadeira roupa. Porque temos que ser bem sucedidos, aparentando dentro de moldes já arcaicos e corrompidos. Nós perpetuamos estruturas corrompidas. Vivemos junto com companheiros que não nos estimulam que não nos amam que competem diariamente conosco. Passamos uma imagem à sociedade de um casal feliz, nossos filhos futuramente agiram exatamente como nós e os filhos de seus filhos. Criamos gerações de frustrados. Vimos diariamente astros e estrelas maravilhosas, esbeltas, lindas, poderosas, completamente sós ou incapazes de manterem um relacionamento. Vivemos vidas de aparências. Temos medos de ouvir nosso verdadeiro interior, Temos medo de matar nosso pior inimigo, a superficialidade. Precisamos das aparências porque mascaram nossas vidas vazias. Somos seres carentes. Precisamos desesperadamente de amor e nessa busca constante nos esquecemos que o amor maior é justamente o que provém de nós mesmos. Porque temos que ter casamentos infelizes, carreiras estressantes, solidão. Porque precisamos pagar um preço tão alto em busca de uma imagem ideal se ao final essa imagem some e apodrece. Porque não buscamos a nossa verdadeira capacidade criativa. Precisamos realmente de tanto dinheiro para sobreviver? Precisamos ter sempre a roupa da moda? Precisamos gerar mais uma dinastia de infelizes à custa do papel social embutido em cada um de nós. E esses fatos não se aplicam somente aos perfeitos, aos lindos e famosos. Os também imperfeitos menos lindos e nada famosos fazem parte deste rol de atribulação humanitária. Tais pessoas vêem seu modelo de sucesso no insucesso interior de superfície social. Li certa vez que alguns meninos das favelas cariocas estavam roubando, matando porque desejavam os tênis de marca, as calças de griffes e assim por diante, como se ter tais acessórios os tornassem pessoas aceitas pela superfície aparente. Não existe certo e um errado, mas penso que em nada onde for colocada a hipocrisia de uma sociedade desgastada deva ser realmente considerado. Acho lindo e me emociono quando vejo dois idosos de mãos dadas, conversando, passeando. Sinto-me feliz quando vejo pessoas famosas colocando para fora situações onde tiveram que fazer um balanço das suas vidas. Sinto-me estimulada quando sei que amigos meus tiveram seus trabalhos reconhecidos. Mas também me sinto triste em perceber o quanto ainda nos apegamos a coisas efêmeras e o quanto somos levados de maneira brutal pelo desamor a nós mesmos. A vida é grandiosa, divina, seja para você um simples mortal ou para alguns dos nossos ídolos. Podemos torná-la especial e para isso teremos a profunda necessidade de combater o medo. O medo do não dar certo, o medo de dar certo, isso somente se tornará possível se ao invés de olhar a superfície aparente de um lago, ousar mergulhar nele e descobrir a pessoa linda que existe em cada um de nós.

quarta-feira, abril 04, 2007

Tudo tem um preço


Tudo tem um Preço

Na vida tudo tem um preço. Não existe nada, absolutamente nada que seja gratuito. Pagamos desde o alimento que consumimos as roupas que usamos e as atitudes que tomamos. Penso que talvez o custo maior a ser pago por nós, são justamente as atitudes e riscos que assumimos. Em muitas situações ficamos confusos, em outras, ficamos eufóricos e como resultado entre a confusão e a euforia poderá emergir um estado de profunda alegria ou de profunda tristeza. O ideal de tais eventos é o equilíbrio, mas este é um estado que requer sabedoria para ser compreendido. Não foram poucas às vezes em que julguei que conseguiria realizar determinada tarefa, construir determinado relacionamento, no entanto minhas tentativas foram infrutíferas. Eu possuía toda a vontade e todo desejo de realizar e de fazer coisas. Eu assumi uma atitude bastante positiva. Porém, meus desejos não foram concretizados. Por quê? Talvez porque eu pensasse enquanto Deus. Eu agi como se todas as coisas dependessem de mim e não é assim que acontece. Existe uma teia de fatos e eventos que independem da nossa vontade por mais que esta seja poderosa e forte. Sempre temos um preço a pagar. Esse preço pode ser traduzido por conhecimento, frustração, cautela, euforia, discernimento, sabedoria. Mas acima de tudo temos que compreender que o preço pago por nós terá o exato valor da busca de nossa liberdade. O que futuramente poderemos comprovar ser essa de uma riqueza inestimável.

terça-feira, março 13, 2007


Porque gritar?!!!Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:- Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?- Gritamos porque perdemos a calma. - disse um deles.- Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado? - Questionou novamente o pensador.- Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça. - retrucou outro discípulo.E o mestre volta a perguntar:- Então não é possível falar-lhe em voz baixa? Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu-o. Então ele esclareceu:- Vocês sabem por que se grita com uma pessoa? O fato é que quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente.Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância. Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê? Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. Seus corações se entendem.É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas. Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta."(Mahatma Gandhi)


Retorno


Sinto no ar a mudança das estações. Sinto a presença de mais um outono chegando. Os dias ainda são quentes, porém à noite trás aquele tão característico vento, indicando a chegada de um novo tempo.
A natureza é perfeita. A sua perfeição engloba todos os reinos, todas as formas de vida, todas as pessoas e todos os jeitos de viver. Incluo-me nesse modo de perfeição. O aprendizado dessa natureza requer muito trabalho. Muitas vezes somente com o erro é que podemos vislumbrar os acertos. Hoje estou presente e consciente de um novo tempo. Em tempo ainda confuso, mas existente. Hoje eu retorno ao meu lugar. As letras. Tenho sofrido algumas lições da vida que, num primeiro momento foi muito doloroso, mas em um segundo momento me mostrou o quanto eu posso ser forte. O quanto eu posso sair de meu estado depressivo (um estado profundamente caloroso), onde o que impera não são os nossos valores, mas sim as nossas penas. Hoje rompi com meu ego ao admitir que exista vida, e muita vida fora das limitações impostas a mim mesma. Hoje é um grande dia. Acordei saldando a natureza e agradecendo por ter concluído mais uma prova. Talvez outras provas venham. Quem ama e quem sente e quem é humano passará à vida se pondo a prova e a vida passará lhe provando, que tudo é possível. Não existem limites, existem medos, não existe tristeza que não possa ser transmutada. Sim, existe muita vida além das fronteiras, da minha, da sua e de qualquer depressão. Para perceber essa inexistência de barreiras basta levantarmos a cabeça e pararmos de olhar somente o nosso umbigo. Apesar de o umbigo ser poderoso. A vida além dele é muito melhor.

sábado, fevereiro 10, 2007

Luto


Eu quase que diariamente sou testemunha de toda a violência que assola o país. As autoridades deveriam nos dar mais proteção? Sim, é claro que sim. Mas, o que eu vou dizer pode ser contestado por muitos, mas todos nós somos responsáveis pela violência. Na medida em que damos valor ao ter e não ao ser entramos em confronto cada vez mais com a partícula divina de cada um. Os pais que trabalham de mais e não tem tempo para seus filhos, a busca obcessiva pelo conforto e toda a materialidade que diariamente tentamos almejar. O material é uma carcaça vazia, acaba, apodrece, termina. Quanto mais uma sociedade estiver envolvida na busca material mais a violência tomará conta. Eu, não me lembro bem, lí uma matéria sobre a morte de um garoto porque ele não quis entregar o tênis de griffe. O assassino, também um adolescente se transformou em assassino devido a um tênis - um tênis que acabaria, apodreceria mais cedo ou mais tarde. Acredito que a única solução, é a revisão consciente da nossa escala de valores. Enquanto isso, infelizmente mais e mais crianças serão mortas pelas nossas faltas. Eu lamento e não saberia o que dizer aos pais desse menino que morreu com muita dor, arrastado no Rio de Janeiro. Eu rezo, para que no futuro o homem perceba que o que realmente se leva dessa vida é o ser e não o ter.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

O sonho dos homens em tornarem-se Cristo.



“- tudo na minha vida sempre foi difícil, lutei muito pra conseguir isso. Essas palavras não são minhas. São de uma moça que estava me contando suas frustrações. – agora o pai do meu filho, não quer pagar a pensão. E eu mais uma vez tenho que arcar com tudo sozinha.
- Você já consultou um advogado?
- não, mas eu tenho medo que ele fique na cadeia e ai não pague nunca.
- Mas você acha justo arcar com tudo sozinha sem a participação dele.
- pois é como eu te falei tudo pra mim é difícil. Eu sou espírita e eu tinha sonhos que estava pisando em pedras o tempo todo e ai me explicaram que são as coisas que eu tenho que pagar.
- e você já pensou que não precisa ser assim, que nós viemos pra aprender e não para sofrer.
- há, eu não sei.
- no caso do pai do teu filho, procura os teus direitos. No Brasil um homem pode ser preso se não pagar pensão alimentícia.
- eu já falei isso pra ele, mas ele ri na minha cara.
- criatura, para de sofrer, temos o poder de criar a nossa realidade, o que tu imagina acontece.
-há Fátima não sei não. Eu fico preocupada. “Às vezes nem durmo direito.”
Esse diálogo eu tive com uma moça que trabalha como empregada doméstica em um dos apartamentos do prédio onde moro. Após essa conversa comecei a pensar, porque temos o hábito de sofrer. Porque carregamos tanta culpa. Pra que, por quê? A vida seria tão mais simples se cada um assumisse somente a sua responsabilidade e não a responsabilidade dos outros. No caso dessa moça, seu sofrimento advém de tentar carregar sozinha uma responsabilidade compartilhada. Gosto de vários pontos da doutrina espírita, mas acredito que assim como outros ensinamentos, é uma doutrina mal interpretada. Tais doutrinas são baseadas nos ensinamentos cristãos – mas sinto que as maiorias dos cristãos ficaram tão acostumadas a ver a imagem de Cristo na cruz, que se recusam a abrir seus ouvidos e olhos internos para ouvir e ver o que esse mestre realmente quis transmitir. Certa vez uma amiga, formada em psicologia, me falava que algumas pessoas encontram prazer na dor, pois quando a depressão atinge níveis muito profundos o próprio indivíduo busca no seu interior mecanismos de fuga. Como é difícil imaginarmos e até sentirmos que podemos conseguir uma vida plena não tendo como principal recurso o próprio sofrimento. Todas as pessoas têm problemas, sonhos, frustrações, mas o que nos diferenciam uns dos outros e a forma como lidamos com esses elementos. Os ensinamentos estão a nossa disposição, mas precisamos aceitá-los. Choramos por amores fracassados, perdas de empregos, falta de recursos, doenças, mortes, choramos e nos martirizamos por várias dessas situações. O choro pode ser uma terapia, mas pode também se transformar numa maldição. Tudo tem um término. Estamos nesse planeta para buscar um aprimoramento. Os ensinamentos estão a nossa disposição, mas o maior ensinamento de todos é aquele que nos ensina a aprender. O sofrimento é um acúmulo de fardo. Se tentarmos parar de levantar um fardo maior do que possamos carregar, poderemos aprender com o sofrimento. Poderemos ver as lições das situações vividas. Não temos que carregar a responsabilidade do outro. A sabedoria esta disponível. “Não voz inquieteis, pois pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal."

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Sucesso.


Eu sou uma pessoa profundamente apaixonada pelos grandes mistérios. A possibilidade de descobrir o que ninguém sabe me fascina. Hoje eu me peguei pensando em uma frase bíblica – A Fé remove montanhas. Comecei a imaginar o que Cristo realmente quis dizer com esse ensinamento. Então fui mais longe – surgiu bem na minha frente outra palavra – sucesso. Levei um tempo para entender a vinculação das duas coisas – a fé remove montanhas e sucesso. O que é ter sucesso. Em um mundo materialista como o nosso as pessoas poderiam dizer – é ter uma casa que vale milhões, ser casado com uma super modelo que jamais envelhecerá ou ser reconhecido e acolhido pelo público e pela crítica, seja qual público e qual crítica for. Mas será que ter sucesso e apenas apresentar provas da materialidade de um mundo amplamente globalizado. E aquele zelador humilde da escola, do prédio que sempre se apresenta com um sorriso e é casada com a Dona Maria, que esta acima do peso e os dois quando vistos juntos estão sempre de mãos dadas. Será que aquele zelador tem consciência do grande fracasso que ele é. Olhando bem, esse zelador tem uma aparência que transmite trabalho, paz. Ele e a Dona Maria estão sempre sorridentes. Mas é ai – parece que ele este sempre voltado para a família. Será que esse João ninguém casado com essa Dona Maria não é um sucesso. O que ele e ela sempre quiseram foi ter uma família, um trabalho simples, mas que mantivesse o sustento, que criassem os filhos – será que esse casal não é um grande sucesso? Tentando pegar os fragmentos desses vários pensamentos surge outro detalhe. Um documentário que assisti recentemente – The Secret. Mas afinal qual o grande segredo e porque a fé remove montanhas e por que o sucesso. O documentário fala de uma lei de atração. Segundo este – você atrai o que pensa. Ai olhando pela perspectiva bíblica – a fé remove montanhas, ou seja, o que você realmente deseja, um desejo que venha das profundezas da sua alma acaba acontecendo. Juntando tudo isso vem o sucesso. O que o zelador realmente quis na vida foi ter uma esposa, criar um lar. Ele conseguiu isso, ele teve fé que isso aconteceria e conseguiu isso. Ele é um sucesso. Olhando tudo isso de uma perspectiva limitada – podemos ver guerras, desastres, mortes, caos, e mais uma vez me vem às versões bíblicas. O Homem sábio constrói sua casa na pedra. Tenho uma teoria. No passado li algumas biografias de alguns homens que deixaram grandes ensinamentos para a humanidade, todos eles passaram sofrimentos e privações. A grande maioria deles teve uma origem humilde, mas esses homens tiveram a fé necessária para prosseguir. E quando falo em fé não me refiro apenas à questão da divindade externa, mas na nossa divindade interior. A prova maior que Deus existe é termos o poder de criar nossa própria realidade. Temos o poder de fazer nosso caminho por mais difícil e árduo que ele seja. Pode parecer apenas mais um pensamento perdido nesse mar de lama. Mas não é. Nessa dimensão o sucesso surge com toda força quando somos nós mesmos. Quando lutamos e trabalhamos para realizar os nossos sonhos, talvez aqueles sonhos de infância, perdidos em uma vida meio vazia. Aquele antigo e belo sonho de apenas ser feliz. Talvez resida nisso o The secret.