segunda-feira, março 10, 2008

Cirurgia de Lipoaspiração?

Herbert Vianna
" Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração? Uma coisa é saúde outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje, Deus é a auto-imagem. Religião é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação. Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem. Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode, envelhecer não. Estria é caso de polícia. Celulite é falta de educação. Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem? A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem. Imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa. Não importa o outro, o coletivo. Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar correr, viver muito, ter uma aparência legal mas...Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser. Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude. Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.
' Cuide bem do seu amor, seja ele quem for ' (Herbet Vianna)"
Recebi esse texto como sendo de autoria de Herbet Vianna. Adorei, é uma posição inteligente e que faria muito bem se as pessoas pudessem ler e repensar um pouco o que essa cultura da estética faz com o ser humano em potencial.

sexta-feira, março 07, 2008

Eu sei mas não devia

"Eu sei, mas não devia

Marina Colasanti

Eu sei que a gente se acostuma.Mas não devia.A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E porque à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora.A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíches porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a abrir a janela e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números da longa duração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com o que pagar nas filas em que se cobra.A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, a abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema, a engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às besteiras das músicas, às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À luta. À lenta morte dos rios. E se acostuma a não ouvir passarinhos, a não colher frutas do pé, a não ter sequer uma planta.A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.A gente se acostuma para poupar a vida.Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma."

Marina Colasanti nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti com Eu sei mas não devia e também por Rota de Colisão. Dentre outros escreveu E por falar em Amor; Contos de Amor Rasgados; Aqui entre nós, Intimidade Pública, Eu Sozinha, Zooilógico, A Morada do Ser, A nova Mulher, Mulher daqui pra Frente e O leopardo é um animal delicado. Escreve, também, para revistas femininas e constantemente é convidada para cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna.

terça-feira, março 04, 2008

Palcos da Vida

Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você.
Gostaria que você sempre
se lembrasse de que ser feliz não
é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes,
trabalho sem fadigas, relacionamentos sem desilusões.
Ser feliz é encontrar força no
perdão, esperanças nas batalhas, segurança no palco do medo,
amor nos desencontros.
Ser feliz é deixar de ser vítima
dos problemas e se tornar um
autor da própria história.
É agradecer a Deus a cada
manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos
próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um
"não".
Jamais desista das pessoas que
amam você.
Jamais desista de ser feliz,
pois a vida é um espetáculo imperdível.
"Pedras no Caminho?

- Guardo todas, um dia vou
construir um castelo...

Fernando Pessoa

domingo, março 02, 2008

Luz e Harmonia

Luz e harmonia!

(Hoje eu recebi essa mensagem por e-mail e gostaria muito de compartilhar com todas as pessoas que acessam esse blog) - "Colocamos para vocês duas contribuições da amiga Vera Lúcia.

A primeira é uma prece cuja autoria desconhecemos,
mas faremos menção do autor, caso venhamos a saber.

A segunda é um aspecto importantíssimo da Lei
de Atração.

Confiram!

Prece

Senhor, derrama as Tuas bênçãos sobre nós, mas derrama como chuva, que não escolhe nem lugar, nem pessoa, nem faz distinção entre pobres e ricos, nem rua, nem casa ou hospital, asilo ou penitenciária; a chuva se espalha por todos os cantos, frestas e vãos,
e lava com ares de renovação.Que assim sejam as Tuas bênçãos, que se espalhem neste dia, pelos povos, por todos os corações, sem condições e nem merecimento, que excluiria muita gente, apenas por misericórdia, para todos que neste dia invocarem o Teu nome, em oração, simples ou composta, em pé ou de joelhos.Pelos que choram ou por aqueles que nem têm mais lágrimas para chorar; sustenta a vida Senhor, acolhe os que partem, abençoa os que chegam, encoraja os que desistiram, ama os que só querem vingança, alimenta os famintos da alma, dá de beber na Tua fonte aos sedentos de justiça, saúde aos doentes, paz de espírito aos aflitos, alegria aos que se recolheram na tristeza, Luz, Tua luz aos que estão em becos escuros, força para os que querem sair dos vícios, e perdão para todos nós que tanto erramos, que tanto devemos, mas por Teu infinito amor derrama as Tuas bênçãos Senhor.

Agradeço ao Senhor dos senhores por mais um dia de vida.
Obrigada, Senhor, por minha vida!

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Funcionamento da Lei de Atração


Jerry: Digamos que uma pessoa procura emprego durante muito tempo; quando finalmente consegue uma colocação, imediatamente surgem outras quatro ou cinco ofertas. Por que isso acontece?

Abraham: A demora em conseguir o emprego se deu porque, ao invés de se concentrar no trabalho que desejava, a pessoa se concentrou na falta do trabalho, afastando-o. Como o trabalho apareceu, ela se concentrou no que desejava e assim começou a receber mais do que tinha pedido. As pessoas se torturam sem necessidade e não se permitem oferecer pensamentos livres de contradições.

Por isso, quando estamos doente não devemos fixar a mente na doença e sim na saúde. Se nos preocuparmos muito com a doença ela se fixará. Se pensarmos somente na saúde, ela se estabelecerá.

Do livro "A Lei Universal da Atração", de Esther e Jerry Hicks."